Portal da Transparência

Contra-Cheque

Acesso a informação

Licitações

Nota Fiscal Eletrônica

Portal do Contribuinte

Contratos

Receita / Despesa

IPTU / 2020

Ouvidoria

Patrimônio

Patrimônio histórico, artistico e cultural

Pode-se afirmar que o patrimônio histórico-cultural de Santa Brígida possui uma característica peculiar, marcada por um intenso apelo religioso, e com uma forte influência não só na Bahia, como em grande parte da região nordestina.

Em virtude da riqueza desse acervo histórico, artístico e cultural que possui o município, é de extrema importância a adoção de medidas voltadas para a sua preservação.

A CAPELA DE SÃO JORGE - Construção da metade do século XX, estilo popular, consagrada a São Jorge, tendo também a função de abrigar uma das mais raras manifestações populares do Brasil, que é a dos "Guerreiros".

A CAPELA DE SÃO GONÇALO - Edificada também na metade do século XX, em estilo popular, dedicada à veneração de São Gonçalo (Santo Protetor das Prostitutas), bem como a manifestação da dança de promessa a São Gonçalo.

CASA DO BEATO PEDRO BATISTA - Marco referencial da cidade, local onde foi morada e lugar que recebia os que vinham em busca de curas e proteção. Hoje abriga o seu memorial. O velho Pedro foi um taumaturgo (que faz milagres), e grande liderança religiosa, política, econômica e social da região. Parada obrigatória dos que visitam a cidade. Serve também como casa de assistência aos romeiros.

MUSEU PEDRO BATISTA - Espaço destinado à memória do Beato Pedro Batista, reservado para contar a história da Vida e Morte do Taumaturgo. Encontram-se objetos pertencentes àquele que deu origem ao famoso aspecto religioso da cidade. Em anexo o abrigo dos romeiros e a loja de artesanato que funciona como amostra de obras trabalhadas por moradores do município de Santa Brígida.

CASA DO BEATO ZÉ VIGÁRIO - Construção rural da época do surgimento da localidade do Povoado Bandeira. Rancho de valor histórico e ponto turístico por ter sido casa e local de peregrinação do Beato.

TERREIRO DE UMBANDA DE CABOCLO - Uma das raras manifestações folclóricas de origem mameluca, vivida por "caboclos", raça resultante do cruzamento de Índios com Negros, que povoaram o sertão brasileiro. Localizado no Sítio do Pau Ferro. Como ritual serve o famoso "Chá de Jurema" (ajucá).

A VIA SACRA - Conjunto de quatorze Capelas, edificadas sobre rochas, com uma distância de cem metros separando uma da outra. Estas capelas representam as 14 estações da VIA CRUCIS DA PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Também é local de penitência e autoflagelação, ex-votos e cumprimento de promessas. Ficam localizadas na Serra do Galeão, com vista panorâmica para a cidade.

DO CULTURAL:

As manifestações culturais no município de Santa Brígida, que possui um calendário de eventos extraordinário, são de causar um verdadeiro impacto naqueles que comparecem e apreciam as apresentações dos espetáculos. Atrai intensamente a atenção do público que observam, tanto o religioso como o profano, uma diversificação imponderável. São obrigatórias e imperdíveis aos que visitam a cidade uma passagem pelas famosas rezadeiras, que atendem o lado espiritual com orações videntes ensinando remédios e curando doentes que por ali deixam presentes os problemas do corpo e da alma. Fato que habilita e credencia a sua inserção no Roteiro Turístico Religioso Nacional, conforme a sua identificação cultural:

1- AS DANÇAS DO SÃO GONÇALO:

Homenageia São Gonçalo do Amarante. Possui três modalidades:

Alagoano, Baiano e Pernambucano.

SÃO GONÇALO ALAGOANO:
Nasceu em Portugal, onde o Santo é cultuado desde o século XIII. A dança de São Gonçalo tem atraído a atenção de turistas, curiosos, devotos e folcloristas. É executada por doze mulheres, dividida em duas colunas de seis, acompanhadas por quatro tocadores homens, cujos instrumentos são: uma rebeca de quatro cordas, uma viola de cinco cordas, um pandeiro e um adufo (tambor quadrado). Se apresentam vestidos de branco e pés descalço.

SÃO GONÇALO BAIANO:
Começou com o Sr. Jacó Marques da Silva em 1924. A origem da dança se deu para o pagamento de promessas com devotos do São Gonçalo do Amarante, existindo neste São Gonçalo 9 jornadas e podem dançar homens e mulheres. Sempre eram convidados para as promessas feitas por romeiros e percorriam outros estados a exemplo do Ceará e Alagoas. Quando se apresentam fora da promessa, chama-se folguedo porque não é dançada a jornada completa. Os instrumentos usados por esses grupos é uma cuia, um pandeiro e uma viola. Suas indumentárias são saias estampadas, lenço de cabeça feito um nó chamado "nó de homem", blusas lisas de tom areia e os homens com camisas do mesmo tom e calças cor de cinza. Ao pagar promessa o São Gonçalo Baiano tem que ter fogos de artifícios sempre com uma vela acesa ao lado do santo homenageado.

SÃO GONÇALO PERNAMBUCANO:
É composto por 24 pessoas, grupo tradicional, a maioria é de mulheres,usam chapéu de palha, trajando saias azuis e blusas brancas, acompanhadas por tocadores: violão, adufo e um pandeiro além da imagem do santo. Este São Gonçalo veio de Pernambuco em 1972. Teve como incentivadores dessa dança a devota Madrinha Dodô e o Beato Zé Vigário.

2 - BACAMARTEIROS

Trata-se de batalhões ou tropas, que dão tiros de pólvora seca com os seus bacamartes (arma de fogo de cano curto e largo), num ritual de muitos efeitos. A banda de pífanos se encarrega da parte musical. Fazem guerra de tomar fogueiras ou a palma de maior tiro, demonstrando sua origem de cangaceiros. Participam desse folguedo: 36 homens com indumentárias azuis, chapéus de couro, botas e cartucheiras de cangaceiros.

Com o fim da guerra entre Brasil e Uruguai os soldados que voltaram para o Brasil disparavam suas armas de fogo em sinal da vitória sobre o inimigo, detonando as munições em solo brasileiro, era o fim da guerra!! - em Santa Brígida iniciou nos anos 50, depois da chegada do Beato Pedro Batista, que estabeleceu para comemoração da igreja de São Pedro depois de pronta uma descarga de bacamartes, sendo o encarregado pelo tiroteio, o Sr. Pedro Lucas da Silva, pai do atual chefe do grupo, Sr. Sebastião Pedro.

3 - GUERREIROS

Teve início na década de 50 por um grupo de mulheres que faziam homenagem à Santa Joana D'Arc, ensinada por Madrinha Dodô. Ao receber um presente da imagem de São Jorge vinda do Rio de Janeiro, Madrinha Dodô resolveu juntar um grupo de homens para homenagear o santo Guerreiro. Grupo este que sai às ruas, portando espadas sem ponta, lutando e dançando, ao som de hinos em homenagem a São Jorge e Santa Joana D'Arc. Tem dois componentes, à frente, que conduzem bandeiras em louvor aos santos. Trata-se de um reisado moderno, com maior número de figurantes. São vinte e oito componentes, metade homens e metade mulheres. Vestem roupas de cor azul marinho enfeitadas com miçangas e fitilhos dourados, chapéu de marinheiro, tendo uma roupa especial para festas de gala, a cor usada é branco com enfeites dourados.

O culto de São Jorge encontrou grande apoio na tradição popular, é representado sua arte vencendo um dragão. O "Santo Guerreiro" é o protetor dos oprimidos e das donzelas.

4 - MANEIRO - PAU

Folguedo alusivo ao cangaço, constando de um grupo de homens que dançam, batendo paus, ao som de cânticos próprios. São trinta e três componentes trajando indumentárias azuis, chapéus de cangaceiros e imitação de cartucheiras.

Classificado como dança guerreira, ao estilo do maculelê baiano, onde grupos se defrontam em coreografia, batendo paus (cacetes de Jucá) medindo 45 cm, enfeitados com fitas coloridas amarradas em uma das pontas e cantando em fileiras ou formando rodas. Esta dança existe no cariri cearense; em Alagoas e no Rio de Janeiro é conhecida como dança de cacete. Os instrumentos utilizados ficam por conta dos paus, um apito e um ganzá para o chefe, duas bandeiras uma com a imagem de Pe. Cícero Romão e outra com a imagem de N. Sª das Dores. É indispensável a banda de Pífanos composta por uma zabumba, dois pífanos, um adufo e pratos. O maneiro pau composto por 39 homens vestidos com calças e camisas de brim azul Royal, lenço vermelho no pescoço, chapéu de couro, cartucheiras e sapatos pretos. Atuam após ocasiões religiosas e, também, por encomenda em sessões que chegam a durar uma hora, em pagamento de promessas de terceiros. A presente linhagem do Maneiro Pau foi formada originalmente em Juazeiro do Norte - Ceará pelo Pe. Cícero Romão, e conduzida em Santa Brígida pelo Beato Pedro Batista, sua assistente Madrinha Dodô e Zé Vigário, outro líder messiânico da região. Hoje o chefe do grupo é o Sr. Manuel de Dão, romeiro e seguidor de Pedro Batista.

5 - PENITENTES

Trata-se de uma sociedade secreta, de homens que praticam o autoflagelo, como forma de purificação da alma e castigo do corpo. Encapuzados, vestem traje azul, com cruzes brancas. Só saem à meia noite, em procissão, entoando cantos religiosos pelas ruas com parada no cemitério para fazer suas penitências.

6 - BANDAS DE PÍFANOS

Formada por cinco componentes, as bandas de pífanos no nordeste tiveram seu inicio em feiras livres onde saiam com um "oratório" ou a imagem de um santo acompanhados por tocadores para arrecadar dinheiro. Os instrumentos usados são dois pífanos, uma caixa (adufo), uma zabumba e pratos manuais. Em Santa Brígida, existem várias bandas de pífanos que se destacam pelo profissionalismo e pela sua excelência musical presentes sempre em atos festivos e religiosos, além de acompanharem grupos folclóricos.

7 - BENDITO

Cântico utilizando o refrão "NO CÉU, NO CÉU" cantado somente por uma romeira devota para saudar o Padrinho Pedro Batista e Madrinha Dodô e acompanhada por vozes de várias seguidoras. Os benditos são entoados em dias especiais, pois foram deixados pelo saudoso Pedro Batista e Madrinha Dodô.

A exemplo do Bendito de Santa Madalena que é cantado somente pelos homens.

Todos pegaram pedra
Para nele bater
O merecimento dela
Todo mundo pode ter

Mª Madalena
Teve arrependimento
Abraços a Santa Cruz
Recebe só alimento

Santa Madalena
Tenha de nós piedade
Peça a Deus e a Santa Cruz
Para nos ser perdoado

Todos que estão presentes
Serão perdoados
Na minha saída
Fiquem todos abençoados

Louvado seja a Deus
E a Maria também
Quem fizer o bem na terra
No céu merece o bem

Louvado seja a Deus
E a Maria também
No céu e na terra
Para todo sempre amém.

8 - CANTIGAS DE LOUVOR

Versos cantados nas festas juninas e na festa de Nossa Senhora da Boa Morte, em agosto, fazendo parte das cerimônias do aniversário do falecimento de Madrinha Dodô (companheira e devota do beato Pedro Batista).

9 - SAMBA DO COCO

Teve início na década de 50 por um grupo de homens e mulheres que costumavam taipar as casas, fazendo uma brincadeira onde dava o nome de samba de coco, massapé com os pés, formando várias coreografias. Daí tornou-se muito interessante que chamou a atenção dos moradores mais velhos de Santa Brígida e resolveram se organizar formando um grupo de 30 componentes criando sua indumentária própria as mulheres saia estampada, blusa branca com lenço na cabeça. Os homens camisa estampada, calça branca, chapéu de couro e botas pretas, para apresentações nas festas populares do município e região e assim ficaram famosos.

10 - REISADO DOS CABOCLOS (ZÉ PRETO)

O grupo do reisado foi formado originalmente em Alagoas, de onde vêm as melodias. As letras foram substituídas em Santa Brígida, quando os líderes vieram se juntar ao movimento religioso de Pedro Batista. A dança é integrada por dois cantores solistas (o rei e o mestre), respondidos por um coro de crianças e acompanhados por violão e dois maracás. Atuam, como de praxe, no natal e no período de Santos Reis, e, também - como é usual em Santa Brígida - nas devoções locais a São João e São Pedro, além dos festejos ligados a romaria do Beato Pedro Batista e Madrinha Dodô. O coro das crianças dá um toque gracioso ao reisado, mas o destaque, é o fato de o reisado ser feito sobre o estilo de música dos índios tuxá e kiriri, da qual adotam o rítimo e a construção melódica. O reisado de Zé Preto, como é conhecido na região é composto por 15 componentes que usam roupas coloridas nos tons azul e vermelho com adereços dourados e coloridos.

11 - DANÇA NORDESTINA

A dança representa o sofrimento nordestino com apresentação de músicas do famoso Rei do Baião, Luiz Gonzaga e também a história do maior cangaceiro do Sertão, Lampião e sua companheira Maria Bonita, que nasceu no município de Santa Brígida. Os dançarinos pertencem às localidades do Buri e Canabrava. São 36 componentes que dançam e fazem a coreografia.

Buri e Canabrava distrito de Santa Brígida na região norte da Bahia, foi formado um grupo de jovens, no qual mostrou potencialidade coreógrafas de uma dança chamada Nordestina. Atraindo regiões próximas em festas comemorativas.

12 - QUADRILHA JUNINA

Uma dança trazida pelos Portugueses, que tem origem Francesa e que foi adaptada aos usos e costumes do povo do sertão. Em Santa Brígida são vários grupos que se apresentam em festejos juninos, sendo um grupo do povoado BURI, CANABRAVA e OUTROS na Sede.

13 - TROVADORES E REPENTISTAS

Em Santa Brígida a cantoria e os repentes faz parte da história. José Santana da Silva, é destaque nessa modalidade, tendo participado de congressos e festivais, considerado um dos melhores repentistas do nordeste. As belas construções que dignificam a cultura e transportam-nos a um universo de humor e sabedoria, enfatizado pela perícia do declamador, quando constrói cada personagem com sua voz característica. Apresenta-se em público sempre que o convidam e forma uma parceria com João Soares.

14 - DANÇA DO COCO:

A dança do coco iniciou em dois mil na comunidade de Buri e Canabrava, vendo as danças folclóricas da cidade de Santa Brígida, os jovens destas localidades resolveram organizar um grupo, além disso já tinha conhecimento que as pessoas mas velhas taipava casa com essa brincadeira onde dava o nome de Samba de Coco (massapé com os pés). As roupas são coloridas (saias) e blusas brancas, cabelos soltos com uma flor presa do lado direito da cabeça.